Enclausurada exponho-me a uma cela
de autoria própria
eis que apresentados foram
os limites da minha incapaz existência
raízes atrofiadas para ir
porém, incessantes para ficar
mente lustrando,
como se fosse pouco usada
apenas insuante,
nesse meu cansaço.
corpo que já não produz
o quanto deveria
apenas apodreça,
sem justificativa
sem a menor paciencia.
sem motivo aparente;
..::Larissa Cavadas::..
.
.
.
.
"Só escapando, nesse buraco sem ninguem.
Eu simplesmente, quero ir...
...
Sabe, queria poder pegar meus pensamentos e guardar.
Não quero perder mais nada do que eu penso, sinto, sinto...penso. Esse peso esquecido, como um cancêr não descoberto, está ficando cruel. Só cruel mesmo. Pensei em insuportável. mas insuportável não é. Só queria mesmo...
que passasse.
e
não
passa.
quero tantas coisas, em todos os momentos que na verdade nem sei se é isso mesmo. Acho que sim. Acho que quero todas as outras coisas, pra esquecer que quero essa. Além de tudo, principalmente, queria a ser ignorante. Ignorante na medida do possível para viver, só viver. Sem fazer perguntas ou insunuações. Uma vida livre. Viver por viver. Isso é tão belo. Belos dos ignorantes que sabem; sabem de tudo.
...
que vivam então."
Ann
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Gritos
Agraciante e funebre opaco
perdido no inevitável cristalino
reluz em pertubantes gemidos
essa minha imagem relutante
em vista enlameada
minha carcaça padece
imaculadamente real
num ritual sem mesura
perdida num silêncio que anseia
dança ritmadamente
incolor, surda
de fonte as estranhas
explode a cada momento
mas não espera nada
é a inércia, pura e recalcada
O corpo de todo soluça
não canta, só morre
tão inevitavelmente
que o mundo é saciedade
Tantas feridas expostas
caladas e incômodas
sussurram coisas
muito óbvias
.:Larissa Cavadas:.
perdido no inevitável cristalino
reluz em pertubantes gemidos
essa minha imagem relutante
em vista enlameada
minha carcaça padece
imaculadamente real
num ritual sem mesura
perdida num silêncio que anseia
dança ritmadamente
incolor, surda
de fonte as estranhas
explode a cada momento
mas não espera nada
é a inércia, pura e recalcada
O corpo de todo soluça
não canta, só morre
tão inevitavelmente
que o mundo é saciedade
Tantas feridas expostas
caladas e incômodas
sussurram coisas
muito óbvias
.:Larissa Cavadas:.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
céu a terracota
Em domingos
há um sorriso em cada ameixa
há um sorriso em cada ameixa
mas primeiro mangaba, sempre fora.
Presente, azedume, antecede
Presente, azedume, antecede
degustar do passado.
Imaginas doce o sabor do futuro
e sorri escondido seus segredos de março.
A garganta toda num so inundar
imergir cordas tão cansadas,
de um tempo
os cabelos dum outro
é que banhava-se num outro rio
de aguás não como essas
nas fotografias, conforto
em tão poucas cores
às margens de qualquer sentimento teu
tão fácil.
há poesia,
em seus dedos
um cigarro
em meus dedos,
esse sorriso que desmancho.
E é tao facil
a tez da tua face.
É tão facil desfazer esse desdém
torcer os lábios e trazer
o sorrisso mais nosso.
por vezes que me engano, mas nos domingos
é tão facil amar.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Sobre Flores, Borboletas e Saudades
Leve teu cheiro de flores
E o contraditório pesar da sua alma
Destarte, tocada em música ambiente
Um líquido em amianto.
Navegar donde esteja tal mar
Usar das palavras pequenos baldes livres
Deleite em asas
Coloridas
Livres
E tão belas.
Resumir seu coração narcoléptico
Em eufêmicos risos confabulados
A sutil exposição de nossa veracidade imprópria.
São tantos medos
Tantas dúvidas
Que bailam
Voando harmonicamente
Em seu mosaico crescente
Já acordado.
A Saudade que provoca
De não sentir
E a falta.
A falta.
Ilusória
De suas pétalas quase abertas.
Aludidas
Em broto ou morte
Resumidos em um pranto saltatório
Em mim, desfigurado.
Em ti, silencioso.
Brinde à maneira inconveniente de viver.
Ou
Brinde ao culto do não esquecer.
.Larissa Cavadas.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
invocação da bonança

cordas
fazem da possibilidade: música.
Quando anseios se arriscam em melodias
cada arcada prolonga-se livre.
A vida a tocamos incerta,
toda nota é uma canção inacabada.
mãos
fazem da inquietação vida.
Nos contornos onde me perco
em mim que me perco
mas não no contato, encontro.
A derme delimita o tato
onde dedos tecem arrepios.
pausa
faz do silêncio dobra.
pois todo tempo se constrói
em pausas, a afeição denota-se
verdadeira, sem constrangimento.
É sorriso que te roubo de soslaio
no silêncio
esse
faz de mim qualquer.
Renuncia toda certeza das palavras que me escreves
amanhã sou eu quem te escreve
novas convicções refutadas.
agora sim
fermata
Lucas Santana
quinta-feira, 9 de abril de 2009
O Momento
Aqui vai uma contribuição de um amigo, Luca Piñeyro :D
Meio que pra tirar esse blog do esquecimento.
Valeu Luca :B
De súbito ela abriu a porta
Eu me virei, já sabendo quem era
Para olhá-la nos olhos
Senti a agonia queimar no meu peito
Enquanto a respiração parava e o sangue gelava e o coração morria
E minha cabeça latejava
De tão cheia q estava
Pensei q morreria por completa falta de ar
Engasgado em minha própria euforia
Queria me levantar e Tê-la novamente em meus braços
Mas meu corpo estava morto, pálido, lívido
Tanto para lhe dizer,
Mas minha cabeça não pensava
Tantas coisas pra sentir
Mas meu coração não batia
Ela me olhava com a mesma feição de espanto
Nossas bocas abertas como as de dois asmáticos
Que desperadamente tentam respirar
E o meu incotrolável desejo de beijá-la por todas essas horas
Que passamos cara-a-cara, boquiabertos, congelados, mortos
Minha cabeça já não doia
Não ouvia meu pensamento
Nem meu coração ou meu respirar
Muito menos o mundo afora
O mundo havia morrido
Eramos só eu e ela
Naquele momento mágico
De euforia, agonia e desejo
Que durou horas
Horas que não foram horas
Nem hora
Nem minutos, nem minuto
Nem segundos
Nem segundo, nem menos
Foi só uma surpresa, um susto, um choque
Um fitar, um olhar, um momento
.Luca Piñeyro.
Meio que pra tirar esse blog do esquecimento.
Valeu Luca :B
De súbito ela abriu a porta
Eu me virei, já sabendo quem era
Para olhá-la nos olhos
Senti a agonia queimar no meu peito
Enquanto a respiração parava e o sangue gelava e o coração morria
E minha cabeça latejava
De tão cheia q estava
Pensei q morreria por completa falta de ar
Engasgado em minha própria euforia
Queria me levantar e Tê-la novamente em meus braços
Mas meu corpo estava morto, pálido, lívido
Tanto para lhe dizer,
Mas minha cabeça não pensava
Tantas coisas pra sentir
Mas meu coração não batia
Ela me olhava com a mesma feição de espanto
Nossas bocas abertas como as de dois asmáticos
Que desperadamente tentam respirar
E o meu incotrolável desejo de beijá-la por todas essas horas
Que passamos cara-a-cara, boquiabertos, congelados, mortos
Minha cabeça já não doia
Não ouvia meu pensamento
Nem meu coração ou meu respirar
Muito menos o mundo afora
O mundo havia morrido
Eramos só eu e ela
Naquele momento mágico
De euforia, agonia e desejo
Que durou horas
Horas que não foram horas
Nem hora
Nem minutos, nem minuto
Nem segundos
Nem segundo, nem menos
Foi só uma surpresa, um susto, um choque
Um fitar, um olhar, um momento
.Luca Piñeyro.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Orgânico
Eu quero minha arte
VIVA; LIVRE;
MINHA.
Quero me perder
nessa falta de limite
que consome;
Porque sou artista
do meu povo
do meu canto
O meu verbo é mutável
e se move
singelo;
Eu quero trair
toda uma tradição
fadigada;
Eu quero sonhar
como sonham os ingênuos
como se arriscam os burros
Vou dançar
qualquer melodia tola
e me debruçar
no vento;
Me leve, LEVE!
.Larissa Cavadas.
VIVA; LIVRE;
MINHA.
Quero me perder

nessa falta de limite
que consome;
Porque sou artista
do meu povo
do meu canto
O meu verbo é mutável
e se move
singelo;
Eu quero trair
toda uma tradição
fadigada;
Eu quero sonhar
como sonham os ingênuos
como se arriscam os burros
Vou dançar
qualquer melodia tola
e me debruçar
no vento;
Me leve, LEVE!
.Larissa Cavadas.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Entrelinhas Quaisquer de Pensamentos Descartáveis
Me dá teu vício
não te escondo
dos meus desejos
Ah, se bem
que sei do que se trata
.felicidade;
Quando de surpresa
Te vejo Cabisbaixo
olhando de soslaio
Por uma fresta qualquer
do meu silêncio
cínico
Ah, faz tua vontade
não perdôo teu mistério
exposto;
Conta o que sabes
tu vês sempre
minha face falsa
Fecha teus olhos
marejados
tão seus
Ah, me sorri
seu sorriso
raro
Me faz teu vício
Te escondo
nos meus desejos
.Larissa Maia.
não te escondo
dos meus desejos
Ah, se bem
que sei do que se trata
.felicidade;
Quando de surpresa
Te vejo Cabisbaixo
olhando de soslaio
Por uma fresta qualquer
do meu silêncio
cínico
Ah, faz tua vontade
não perdôo teu mistério
exposto;
Conta o que sabes
tu vês sempre
minha face falsa
Fecha teus olhos
marejados
tão seus
Ah, me sorri
seu sorriso
raro
Me faz teu vício
Te escondo
nos meus desejos
.Larissa Maia.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Uma Dose de Qualquer Coisa

dois dedos
xícara de pinga
dose de chá
sobriedade repousa sobre o pires
água de Narciso
leva meu reflexo
tão profundo
afunda esse outro
inseguro
sei, não se emerge imaculado
lá se afoga, sim
a certeza me livrará de toda vaidade
dos pulmões encharcados
as dores no peito
antecedem o verdadeiro
primeiro suspiro
apenas dois dedos
desse rio engarrafado
do barro que vim
estou pronto para ser remodelado
bebo-me
minha dor ponho num copo
com casquinhas de limão na borda
Lucas Santana
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