sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Abulia

quando desfiar-se
em fitas de seda
desfazer a face
desatar veredas

se tornar o fio
e o tempo enlace
repousar o não,
mãos ou encaixes

veias, capilares
carreguem meu rubor
já fugiu ao rosto
já se foi vermelho

paralíticos
fios de seda
em nós, tantos eus
espalhados num só


Lucas Santana

domingo, 9 de novembro de 2008

Conexo

Não posso perder suas palavras;
Derreteram por entre meus dedos;
Suguei-as no ar;
Letras voando;
Asas mortas;

Deveria ter fechado a janela.

.Larissa Cavadas.