sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Abulia

quando desfiar-se
em fitas de seda
desfazer a face
desatar veredas

se tornar o fio
e o tempo enlace
repousar o não,
mãos ou encaixes

veias, capilares
carreguem meu rubor
já fugiu ao rosto
já se foi vermelho

paralíticos
fios de seda
em nós, tantos eus
espalhados num só


Lucas Santana

2 comentários:

Nelson Reprezas disse...

Vocês são Brasil de onde?
Abraço

jonas Urubu disse...

os fios tensos da pauta de metal: as andorinhas gritam por falta de uma clave de sol.