terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ann

Enclausurada exponho-me a uma cela
de autoria própria
eis que apresentados foram
os limites da minha incapaz existência

raízes atrofiadas para ir
porém, incessantes para ficar

mente lustrando,
como se fosse pouco usada
apenas insuante,
nesse meu cansaço.

corpo que já não produz
o quanto deveria

apenas apodreça,
sem justificativa
sem a menor paciencia.

sem motivo aparente;

..::Larissa Cavadas::..

.

.

.

.
"Só escapando, nesse buraco sem ninguem.
Eu simplesmente, quero ir...

...

Sabe, queria poder pegar meus pensamentos e guardar.
Não quero perder mais nada do que eu penso, sinto, sinto...penso. Esse peso esquecido, como um cancêr não descoberto, está ficando cruel. Só cruel mesmo. Pensei em insuportável. mas insuportável não é. Só queria mesmo...

que passasse.

e

não

passa.

quero tantas coisas, em todos os momentos que na verdade nem sei se é isso mesmo. Acho que sim. Acho que quero todas as outras coisas, pra esquecer que quero essa. Além de tudo, principalmente, queria a ser ignorante. Ignorante na medida do possível para viver, só viver. Sem fazer perguntas ou insunuações. Uma vida livre. Viver por viver. Isso é tão belo. Belos dos ignorantes que sabem; sabem de tudo.
...
que vivam então."
Ann