segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sobre Flores, Borboletas e Saudades

Leve teu cheiro de flores

E o contraditório pesar da sua alma

Destarte, tocada em música ambiente

Um líquido em amianto.

Navegar donde esteja tal mar

Usar das palavras pequenos baldes livres

Deleite em asas

Coloridas

Livres

E tão belas.

Resumir seu coração narcoléptico

Em eufêmicos risos confabulados

A sutil exposição de nossa veracidade imprópria.

São tantos medos

Tantas dúvidas

Que bailam

Voando harmonicamente

Em seu mosaico crescente

Já acordado.

A Saudade que provoca

De não sentir

E a falta.

A falta.

Ilusória

De suas pétalas quase abertas.

Aludidas

Em broto ou morte

Resumidos em um pranto saltatório

Em mim, desfigurado.

Em ti, silencioso.

Brinde à maneira inconveniente de viver.

Ou

Brinde ao culto do não esquecer.


.Larissa Cavadas.

Um comentário:

J. Thiago disse...

Brindemos ao não esquecimento, então. Memória é vida! Vamos soluçar de vinho e de saudades, chorar o pranto da partida e a alegria do ramalhete de flores. Voar! Tal qual uma borboleta a tirar os pés do seu chão, mas sempre a irradiar suas ressacadas cores. A borboleta, a flor e a saudade nos brindam com seus sabores mil, sem nada nos cobrar, sem nada fazer! Só são... E somos com elas...