Leve teu cheiro de flores
E o contraditório pesar da sua alma
Destarte, tocada em música ambiente
Um líquido em amianto.
Navegar donde esteja tal mar
Usar das palavras pequenos baldes livres
Deleite em asas
Coloridas
Livres
E tão belas.
Resumir seu coração narcoléptico
Em eufêmicos risos confabulados
A sutil exposição de nossa veracidade imprópria.
São tantos medos
Tantas dúvidas
Que bailam
Voando harmonicamente
Em seu mosaico crescente
Já acordado.
A Saudade que provoca
De não sentir
E a falta.
A falta.
Ilusória
De suas pétalas quase abertas.
Aludidas
Em broto ou morte
Resumidos em um pranto saltatório
Em mim, desfigurado.
Em ti, silencioso.
Brinde à maneira inconveniente de viver.
Ou
Brinde ao culto do não esquecer.
.Larissa Cavadas.
Um comentário:
Brindemos ao não esquecimento, então. Memória é vida! Vamos soluçar de vinho e de saudades, chorar o pranto da partida e a alegria do ramalhete de flores. Voar! Tal qual uma borboleta a tirar os pés do seu chão, mas sempre a irradiar suas ressacadas cores. A borboleta, a flor e a saudade nos brindam com seus sabores mil, sem nada nos cobrar, sem nada fazer! Só são... E somos com elas...
Postar um comentário