domingo, 12 de setembro de 2010


A tarde abriu quente
um desgosto
um amargor na pele da gente
aquilo de desfragmentado
que as vezes dá numas tardes nossas
eu escrevo
mas não sei se certo
A insegurança não é mais constante
Tentar é que me despedaça
escrever danifica
não quero o mais simples.

De tardes em tardes os carros falam
o calor desperta cada letra de suor
estou tão afogado em letras que por sobrevivência instintiva, de precisar de ar, abro a boca e engulo as últimas sílabas
Vai ver é isso, nem falar, apenas de sentir já concretizar o não falar
O amor é mudo
simples mesmo é ser concreto
só vibrar em protesto. Lá, parado
sapatos lustrados na calçada rachada.
Esqueço que até mesmo o concreto de tanto querer e não poder
desaba

O mais simples é tão irreal

nas minhas poucas tardes
preciso de tanto
na minha pouca idade
de pretensão basta o sol.
Ainda assim escrevo
a pouca música,
O caos dum outro alguem
um simples mexer de perna que bagunça o outro lado da cama
Escrevo o amor
e suas rimas mais tolas
torpor
dor.

Um comentário:

Ylguém disse...

O.O

Desculpe a tietagem, mas você ganhou um fã!

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